Na noite do dia
29/03/13, sexta-feira da paixão, por volta das 20h50minutos, um senhor de 53
anos, que dirigia um Fiat/Uno pela rua Professor Azarias Ribeiro e tinha como
passageiros a companheira e um filho, parou na esquina da Rua Francisco Sales,
vez que nessa passava uma procissão. Acontece que terminado de passar a
procissão o motorista ficou no meio da rua, sem sair do lugar com seu veículo,
atrapalhando a passagem de outros veículos. Uma viatura passava pelo local, e
os policiais advertiram o motorista para que ele retirasse o veículo do meio da
rua e liberasse o trânsito, quando este, extremamente nervoso, desceu do carro
com um facão na mão e passou a ameaçar os policiais, e ao mesmo tempo dizia que
queria se matar. A mulher do motorista, cujo nome é PAULINO DE ELIAS NETO,
morador do bairro Vila Joaquim Sales, disse aos policiais que estavam indo para
uma igreja, e quando estavam com o carro parado o Paulino ficou dizendo que não
sabia se ia para a igreja ou se voltava para casa, e ao mesmo tempo dizia “hoje chegou meu dia, hoje eu vou morrer”.
Em seguida ela informou que seu companheiro tinha problemas mentais, já tinha
sido internado em clínica psiquiátrica, e já tinha matado um rapaz no Rio de
Janeiro. Os policiais solicitaram
reforço e ficaram conversando com o Paulino com o objetivo de convencê-lo a largar o facão, mas este não queria se
render. Em determinado momento o Paulino pediu à mulher que lhe entregasse o
telefone celular que ele queria falar com a mãe dele, porém os policiais não
permitiram porque acharam que ela poderia ser feita refém, e a ocorrência iria
se complicar mais ainda. Com esta negativa o Paulino ficou mais nervoso ainda,
levantou o facão para o alto, em posição de ataque, e partiu em direção à
mulher, que estava junto aos policiais. O momento foi tenso e exigiu uma reação
imediata dos militares, que efetuaram três tiros com munição de borracha contra
o Paulino, mas mesmo assim ele não largou o facão, e iniciou um novo ataque
contra a mulher e os policiais. Se o Paulino não fosse contido naquele momento
ele poderia cortar várias pessoas com aquele facão, então os policiais atiraram
com suas pistolas calibre .40, acertando três tiros nas pernas do Paulino.
Caído ao solo, sangrando, Paulino ainda tentava reagir à aproximação dos
policiais. Finalmente dominado ele foi levado à URPA, onde ficou internado sob
escolta policial. Somente no dia 02 de abril, terça-feira, é que Paulino foi
interrogado na Delegacia, e disse que desde que matou um rapaz na cidade de
Porto Real/RJ, vem sofrendo perseguição e escuta vozes dizendo que vão lhe
matar, e por isso carregava o facão no carro. Que está sendo vítima de macumba
e feitiçaria, que estão colocando veneno na sua água... e assim continuou
falando outras asneiras, deixando claro que realmente tem problemas mentais. Quanto
à procissão, já ouvi tantas versões que prefiro me omitir, e deixar o povo com
sua criatividade.
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