sexta-feira, 25 de novembro de 2011

JOVEM MORRE EM ACIDENTE DE MOTO


No dia 20/11/11, domingo, das 11h30min até às 22h30min, o perito de plantão na Sede da Delegacia Regional de Lavras realizou 4 perícias em locais de acidentes envolvendo motocicletas. Em um deles, ocorrido às 17h40min, na Av. Doutor Silvio Menicucci (Av. Perimetral), sentido Prefeitura/Ufla, o motoqueiro Maykon Soares Jerônimo, 18 anos, bateu violentamente na traseira de um caminhão estacionado, e faleceu. Segundo afirmações do perito a causa do acidente foi imprudência e excesso de velocidade. Versão esta confirmada por testemunhas no local do acidente. Afirmo sem medo de errar ou de ser injusto, que a maioria dos motoqueiros conduzem mal suas motos. Pesquisas mostram que no Brasil, em cerca de 70% dos acidentes de trânsito envolvendo motocicletas, o motoqueiro é o culpado. Apregoa-se que a moto é símbolo de liberdade, concordo, mas não pode ser símbolo de irresponsabilidade. Outro dado bom para  reflexão é que dentre os acidentados com motocicletas, 87% é do sexo masculino. Numa análise por idade dos motoqueiros envolvidos em acidentes, 86% tem menos de 40 anos, sendo que desse total 63% tem entre 18 e 24 anos. São mais de 50.000 acidentes por ano, que resultam em aproximadamente 20.000 mortes. Aqui em Lavras vem crescendo bastante o número de acidentes com motocicletas. Temos que considerar que a frota de motos circulando por nossas ruas tem aumentado bastante. Estamos emplacando mais de 1.000 motos por ano. Isso resulta num número cada vez maior de jovens imprudentes no nosso caótico trânsito. As principais práticas que demonstram que em 70% dos acidentes o motoqueiro é culpado, são: velocidade incompatível (excessiva) para a via - ultrapassagens perigosas (forçadas), e muitas vezes pela direita dos automóveis - perda de controle da moto - derrapagem em curva - desrespeito à sinalização, e o famoso espírito de aventura. As autoridades não sabem como convencer os motoqueiros a respeitarem as regras de trânsito. Imposição de pesadas multas, suspensão e ou cassação da CNH, apreensão da motocicleta etc., não modificam o mal comportamento do motoqueiro. Por isso, talvez, um caminho seria ensinar e despertar nos jovens motoqueiros o amor pela vida e a si próprio. Li uma frase, cujo autor desconheço, que diz: “ o amor a si próprio deve levar cada um a aperfeiçoar o seu caráter, seu conhecimento da vida, e suas condutas”. Trânsito nada mais é do que uma somatória de condutas. Condutas responsáveis preservam a vida.

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