Vereadores José Marcio, Chapisco, Edmar do Paiol, Cleber Pevidor, Lila, Tilili, Alisson, José Henrique e Carlão da Saúde
O Prefeito Municipal, Dr. Marcos Cherem, enviou à Câmara Municipal, para aprovação dos vereadores, um projeto de lei com o seguinte conteúdo “ Dispõe sobre a proibição de estocagem, do processamento e da disposição final de resíduos industriais, provenientes de outros Municípios, Estados e outros Países, e dá outras providências”.(grifei)
Aqui em Lavras existem duas empresas que serão diretamente atingidas, e provavelmente fechadas, se tal projeto for aprovado pelos vereadores, da forma como está redigido. Essas empresas coletam resíduos industriais de indústrias de diversas cidades, transformam a parte sólida dos resíduos em combustível, que é vendido para a fábrica de cimento ( antiga Camargo Corrêa), e outras empresas, e o resíduo líquido é totalmente tratado e devolvido ao meio ambiente, quase potável. Os resíduos industriais produzidos pelas fábricas de Lavras não são suficientes para sustentar nenhuma empresa, quanto mais duas. Pela qualidade técnica dessas empresas elas cresceram e prestam seus serviços em diversas cidades do Brasil.
Como nessa legislatura alguns vereadores não aprovam projetos só porque é do interesse do Prefeito, mas antes procuram se informar, debater o projeto com as pessoas destinatárias da futura lei, analisam o impacto desta na sociedade, etc, uma comitiva de vereadores estudou o projeto e depois visitou as duas empresas. No dia 06/05/13 a visita foi na empresa Pró.Ambiental- soluções em resíduos, situada na rodovia Fernão Dias (sentido Nepomuceno), e no dia 13/05/13 foi na empresa SR Tratamentos de Resíduos, localizada ao lado do aterro sanitário (lixão), trevo de Itirapuã. Com essas visitas os vereadores se convenceram que o projeto do Prefeito, se for aprovado e virar lei, inviabilizará o negócio das duas empresas e as levará ao fechamento ou à mudança para outras cidades. As duas empresas juntas geram 250 empregos diretos, com uma média salarial de R$1.500,00 (hum mil e quinhentos reais) .Esses empregados compram no comércio local, contribuindo com a riqueza do município. Elas pagam em torno de oitenta a cem mil reais por mês de ISS à Prefeitura. Possuem diversos veículos emplacados na nossa cidade (automóveis, caminhões e carretas), que geram receita de IPVA. Ambas são certificadas por todos os órgãos ambientais estaduais e federais. Nessas visitas fomos abordados por funcionários dessas empresas que já estão sofrendo abalo emocional em decorrência do medo de perderem seus empregos. Deles ouvimos as seguintes perguntas: Como vamos pagar nossos aluguéis? As prestações dos carros? Sustentar nossos filhos? Etc. Tivemos que tranquilizar tais funcionários, que demonstravam, realmente, muita apreensão.
Após sairmos da empresa SR Tratamentos, fomos verificar a qualidade (somente quanto à aparência) da água de um ribeirão onde a empresa lança a água já tratada, e que passa na Comunidade do Fonseca, e constatamos a boa aparência da mesma. A empresa nos comprovou que faz monitoramento constante da qualidade da agua do córrego. Após toda análise do projeto e seus impactos (negativos) na economia do município, dez (dez) vereadores decidiram votar contra o projeto do prefeito, na reunião do dia 13/05/13. Porém, quando o projeto foi colocado em discussão e votação, o vereador João Paulo Felizardo, líder do Prefeito na Câmara, pediu vista do projeto e impediu a votação. Vamos aguardar a manifestação dele na próxima semana. Não farei conjecturas sobre a intenção do Prefeito com esse projeto, deixo isso para os leitores.
Mais uma vez alguns vereadores demonstraram que não se pode votar projetos de lei às pressas, e nem para agradar ninguém, pois leis trazem consequências.
ponte sobre o ribeirão do fonseca
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